Sistema fornece uma assistência circulatória temporária ao paciente
A tecnologia ECMO (oxigenação por membrana extracorpórea) funciona como um coração artificial e um pulmão artificial para o paciente, por meio de um circuito de tubos, bomba, oxigenador e aquecedor que ficam instalados fora do corpo. A sofisticada tecnologia imita a função natural do coração e dos pulmões, permitindo que o paciente poupe esses órgãos enquanto a cura acontece. O ECMO pode ser usado em pós-operatório de cirurgias cardíacas, doenças pulmonares, quadros de insuficiência cardíaca, traumas ou infecções graves.
CASO
Para realizar um transporte aeromédico com tecnologia ECMO, é necessária uma equipe especializada no equipamento, e deve ser composta de um médico intensivista, um cirurgião torácico, um perfusionista e um enfermeiro especialista. Em junho de 2019, a Brasil Vida Táxi Aéreo transportou de Natal-RN para São Paulo-SP, a Renata, uma paciente de 32 anos em estado grave e em pré-operatório para transplante pulmonar. Ela não tinha nenhuma condição de sair da UTI do hospital em que estava sem o ECMO. “Foi uma missão demasiadamente delicada, haja vista a instabilidade da paciente, o manuseio dela e dos equipamentos e toda a logística do embarque e desembarque. Apesar disso, o voo não apresentou nenhuma intercorrência”, afirmou o enfermeiro aeromédico Ramon Mesquita, atuante na missão.
O Dr. Renato Bisol, médico que coordenou a missão, afirmou que foi o dispositivo que permitiu o transporte da paciente para São Paulo. O ECMO, no caso da paciente, ocorreu por meio de uma cânula colocada nas veias. O sangue que sai do corpo da paciente foi oxigenado no ECMO, e retornou ao coração para ser oxigenado ao corpo. “Assim, ocorre uma espécie de repouso do pulmão”, ressaltou o Dr. Renato.
O transporte em solo – da aeronave para o hospital – não pode ser muito rápido quando há ECMO, tendo em vista que o trepidar da ambulância pode acabar alterando o funcionamento da máquina. Segundo o Dr. Renato Bisol, “se a cânula for alterada, o cenário pode ser catastrófico. Por isso, é preciso ir devagar”.
LOGÍSTICA
Para o caso da paciente Renata, foi fundamental o apoio da Polícia Rodoviária Estadual, que abriu o caminho até a Base Aérea de Natal, na qual o pouso foi liberado pela Aeronáutica. A paciente foi transportada via jato, devido à necessidade de agilidade no processo e espaço para os equipamentos necessários. O dispositivo não poderia ter alteração em seu fluxo, se não, a paciente seria prejudicada. “É tudo muito arriscado, por isso, a necessidade de tanta cautela. Em um transporte ECMO, o especialista precisa estar junto da paciente o tempo todo. Para atuar em uma missão assim, o médico precisa ser especializado nesse tipo de dispositivo”, concluiu o Dr. Renato.
Sobre a Brasil Vida
A Brasil Vida Táxi Aéreo atua em todo o território brasileiro, bem como nas Américas do Sul, Central e do Norte, na Europa, na África, na Ásia e na Oceania. É a primeira e única empresa no Centro-Oeste a garantir homologação para atuar como UTI aérea e táxi aéreo mundialmente. Para todos os voos, a Brasil Vida conta com pilotos e copilotos capacitados.
A empresa é referência no segmento de UTI aérea e, para esse tipo de voo, conta também com uma equipe altamente especializada de médicos e enfermeiros. Tanto a equipe médica quanto a tripulação passam periodicamente por cursos de atualização, como Introdução à Medicina Aeroespacial, Fisiologia de Voo, Intervenções de Bordo e Emergências Gerais, entre outros.
As aeronaves da empresa são modernas e totalmente equipadas. Para cuidar da manutenção das aeronaves, a Brasil Vida Táxi Aéreo utiliza os serviços da Brasil Aviation, que é uma empresa do grupo certificada pela ANAC. A manutenção é feita periodicamente por uma equipe qualificada da Brasil Aviation, que passa constantemente por cursos de atualização específicos. Os procedimentos de manutenção preventiva seguem altos padrões internacionais de qualidade e segurança. A Brasil Vida atende a todas as normas da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), da Agência Nacional de Saúde (ANS), dos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) e dos Conselhos Regionais de Enfermagem (CORENs).